Uma das coisas que mais prazer me dá é receber palavras escritas de quem está desse lado.
Às vezes chegam-me por email. Outras vezes por mensagem privada.
Umas vêm com pequenas palavras. Outras são mais complexas.
Todas trazem AMOR.
Fico feliz por isso. Na verdade, é no lugar do AMOR que mais quero estar. Que mais quero viver.
Também me deixa com um sorriso no rosto pensar que, em momentos que sei serem angustiantes, vocês se lembram do meu nome e arriscam a escrever-me na esperança de que eu Vos possa escrever de volta {escrevo sempre} e, quem sabe, Vos possa carregar o coração com mais alguma bateria, quando ela já está quase a ir abaixo.
Isso é reconfortante e, por outro lado, bem gélido. Sinto a responsabilidade a percorrer-me as entranhas.
Grande parte das mensagens que recebo são de Mães que precisam de se sentir acolhidas.
Nos seus dias maus. Nas decisões que tomam no impulso do momento e ao som da canção do cansaço que toca por detrás incessantemente, tal como aconteceu com a música tocada pela banda do Titanic.
Hoje preciso, quero, sinto-me obrigada a partilhar contigo, que és Mãe e Mulher e que talvez não tenhas tido a coragem de me escrever, uma resposta que dei a uma Mãe e Mulher.
Hoje quero deixar-te esta resposta a TI que, mesmo sem me teres escrito, sei que vais senti-la como se tivesse sido escrita SÓ para ti.
Maravilhosa MÃE e MULHER:
Abraço-te com todas as minhas forças e aplaudo a coragem de seres quem és, de assumires as tuas vulnerabilidades, de chamares a vergonha por tu e de te quereres reerguer depois de um episódio do qual não te orgulhas.
Maravilhosa MÃE e MULHER:
Eu, ao dia de hoje, ainda tenho dias em que sou a mãe mais horrível do mundo; que não me orgulho do que faço; que depois de gritar ou agarrar braços com força, me culpo com todas as minhas forças porque ‘já devia saber mais; já devia estar noutro nível; já devia saber controlar-me mais e melhor’.
Maravilhosa MÃE e MULHER:
Depois destes episódios, e quando já consigo calar alguma culpa, consola-me saber-me “não perfeita” e consola-me ainda mais mostrar-me “não perfeita” às minhas filhas.
Aquece-me a alma sentar-me com elas e dizer-lhes: aquilo que vocês viram foi uma mãe que está cansada, que não soube gerir as suas emoções, que deitou cá para fora, de uma forma com que cada vez me identifico menos, as minhas zangas, frustrações e raivas. Aquilo que vocês viram foi meu e nada teve a ver convosco, com o que são ou merecem ter.
Aquece-me a alma saber que, desta forma, elas não vão carregar a máscara da perfeição com elas; que desta forma também elas se vão poder perdoar e considerar ‘normais’ quando explodirem de emoções, porque não tiveram um modelo de mãe perfeita que, por sua vez, é inatingível na sua perfeição.
Maravilhosa MÃE e MULHER:
Agradeço descobrir fúrias em mim que não sabia existirem e procuro escarafunchá-las ao máximo, para perceber que parte de mim não está a conseguir lidar com a essência das minhas filhas, com o que elas são e com o que querem ser. Procuro entender que parte de mim ainda não Aceita e que Crenças ainda estão enraizadas em mim.
Maravilhosa MÃE e MULHER:
Sem estes episódios, nenhuma de nós teria oportunidade para se tornar ainda mais Maravilhosa Mãe e Mulher.
IrinaVazMestre
Psicóloga, Certificada em Coaching, Disciplina Positiva & Parentalidade Consciente
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|PSICOLOGIA com AMOR| IrinaVazMestre
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