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Foto do escritorIrina Vaz Mestre

O Amor é assim

O Amor é assim, pelo menos para mim…e para o pai; e para a filha mais velha; e para a filha mais nova.

14 de Fevereiro {de um ano qualquer}. Apesar de ser um dia pelo qual não anseio ou sobre o qual não tenho grande preocupação em preparar antecipadamente, este ano {2017} fui sentindo que o podia aproveitar para uma atividade que promovesse a conexão entre todos nós.

Não se preparou um mega-hiper jantar. Não fomos jantar fora, nem ao cinema, nem nos escondemos somewhere para podermos conversar sem percalços. Ficámos em casa.  Fiz uma limonada com frutos silvestres, comprei uns morangos aos quais juntei gelado de baunilha. O jantar foi do mais simples que há, já adiantado no dia anterior, por questões de logística e tal como faço sempre durante a semana, para tentar atenuar o caos que os finais do dia às vezes podem ser.

Mas pensei em alguma coisa que pudesse assinalar o dia e que nos fizesse olhar para nós, para o que somos, para o que sentimos, para quem somos e o que queremos ser enquanto família.

Aproveitei umas pinturas e recortes que fizemos no fim de semana anterior. Juntámo-nos na sala. Sentámo-nos à roda, no tapete, no chão. E propus que cada um de nós dissesse algo que, ao acontecer no seio da nossa família, fizesse com que o nosso coração transbordasse de amor.

Escreveu-se o que fomos dizendo em corações pintados pelas girls. E fomo-nos redescobrindo. Trocámos olhares e sorrisos. E algumas lágrimas surgiram também. Pensámos também nos nossos valores. E marcámo-los num coração maior, para que o vento não os apague ou para que em dias de tempestade, possamos voltar a olhar para eles.

E no fim, já bem no fim, dissemos a cada um de nós, de mãos dadas e de olhos nos olhos, entre soluços e respirações mais lentas, qual era a coisa que mais admirávamos no outro e que o tornava tão único e especial para nós.

E garanto-vos! Fez-nos pensar. E não foi tão automático quanto possam pensar. Porque quisemos ser verdadeiros. Porque quisemos ser verdadeiramente genuínos. E porque a conexão – entre panelas, tachos, banhos, trabalhos de casa, roupa, loiça, noites mal dormidas, birras, amuos, desafios – pode afogar-se, pode calar-se, pode mesmo adormecer. E com isso, podemos ficar enferrujados quando a queremos recuperar.

O nosso Amor é assim…pelo menos para mim! Encontrem o Vosso. E não o larguem.

For Love, With Love ❤️

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