As birras são o Monstro das Famílias.
São. Ponto final.
Podem ser Monstros mais ferozes. Menos ferozes.
Podem aparecer mais vezes. Menos vezes.
Podem vir em melhor altura ou em alturas completamente dispensáveis.
E sempre que aparecem, são Monstros.
Cá em casa, as birras da primeira filha eram Monstros que faziam cócegas. Daquelas, que dão vontade de rir para dentro, porque assustam pouco.
As birras da segunda filha eram Monstros que despertavam o meu Monstro. E o que dá Monstro com Monstro? Guerra de Monstros.
Saía sempre dessa guerra de rastos. E com a sensação de que estava, cada vez mais, a afastar-me do que o meu coração me dizia que devia ser o meu papel de mãe: acalmar o Monstro da birra minha filha, que tinha um rugido bem forte. Ensinar o Monstro da birra da minha filha a comunicar as suas emoções de uma forma mais fácil de se ouvir e eficaz.
Foi pelas mãos do Monstro da birra da minha filha do meio que reinventei a minha pedagogia, à qual eu passei a chamar de PEDAGOGIA DO AMOR.
Desde aí que esta é a PEDAGOGIA da minha casa. Desde aí que levo, através da @amoramil, esta PEDAGOGIA às escolas com quem trabalho, às famílias que acompanho e às crianças e jovens com quem me cruzo.
Como lido então com as BIRRAS cá em casa tendo em conta a PEDAGOGIA DO AMOR da @amoramil?
#1 CONECTO-ME com EMPATIA
Quando a birra começa faço uma pausa. Respiro fundo. Acalmo o Monstro que está a querer sair de mim e desligo aquilo que ele me diz sobre experiências passadas e medos futuros. Procuro sentir com o meu coração o que aquele coração está a sentir. Isso não significa que esteja a gostar do comportamento que estou a ver. Apenas significa que tenho a intenção de estabelecer uma LIGAÇÃO. Pergunto-me o que estará aquela filha a tentar comunicar e o que está por detrás daquele comportamento. A minha prioridade é entrar em sintonia com as minhas filhas. Estabelecer em primeiro lugar uma LIGAÇÃO é uma forma fundamentalmente AFETIVA de DISCIPLINA. Gosto disso. De uma EDUCAÇÃO COM BASE NO AMOR.
#2 RECONHEÇO e ACEITO os SENTIMENTOS
Depois da conexão, e quando sinto que essa LIGAÇÃO EMPÁTICA está conseguida (da minha parte), entro em SINTONIA reconhecendo, verbalmente e de forma meiga, o que estou a observar (sentimentos e situação que despoletou a birra): “Ohhh, estás mesmo zangada, porque querias continuar a brincar e agora são horas de ir embora”.
#3 TRANSMITO CONFORTO
Com um olhar ternurento e empático, através de um abraço, acenando apenas com a cabeça ou até dando colo, transmito todo o meu conforto. A forma como o faço muda de filha para filha e até de situação para situação. Uma aceita bem o colo; outra gosta mais de festas na perna; a mais pequenina delicia-se com beijos no pescoço. Para cada uma, escolho o que a conforta mais.
#4 REDIRECIONO
Depois de sentir que as emoções se acalmaram, e que o Monstro da birra está a perder a sua intensidade, passo à etapa da disciplina a que se dá o nome de REDIRECIONAMENTO. Ajudo, através da conversa (aqui afasto o Monstro do sermão que às vezes teima em sair) a compreenderem lições importantes sobre competências pessoais e sociais, empatia e outras formas mais aceitáveis de darem voz às suas emoções. Aqui, normalmente, elas estão receptivas à comunicação, pela ligação e o conforto que foi criado anteriormente.
Desafio-te a experimentares estes 4 passos. E depois diz-me como correu, o que observaste. Quais as maiores dificuldades. O que foi mais fácil para ti. Aqui te espero.
IrinaVazMestre
Psicóloga, Certificada em Coaching, Disciplina Positiva & Parentalidade Consciente
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|PSICOLOGIA com AMOR| IrinaVazMestre
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