Para vocês, minhas filhas [Frederica, Constança e Carminho], eis a mãe que quero ser…
Chego aqui, a esta fase do meu percurso de vida, grata e feliz por tudo o que tenho vindo a alcançar. Chego aqui, a esta fase do meu percurso de vida, por ser mãe e pela motivação de ser mãe.
Porque queria ser aquela mãe. Aquela mãe que compreendia. Aquela mãe que não deixava cair. Aquela mãe que não criava mais nós no coração de ninguém. Aquela mãe que desatava os nós. Aquela mãe que entendia os nós. Aquela mãe que amava incondicionalmente. Aquela mãe que facilitava a conexão. Aquela mãe que era consciente, mesmo quando errava. Aquela mãe que não abandonava. Aquela mãe que não desistia. Aquela mãe que se conhecia. Aquela mãe que se aceitava. Aquela mãe que respirava. Aquela mãe que se sossegava. Aquela mãe que se desprendia. Aquela mãe que deixava fluir. Aquela mãe que se aceitava. Aquela mãe que se ouvia. Aquela mãe que desejava tudo isso.
E houve uma altura em que senti que não estava a ser aquela mãe. E procurei respostas. Outras formas de agir. Outras consciências. Outras perspetivas. E a Parentalidade Consciente apareceu.
E desde aí, desde esse momento que continuo a querer ser aquela mãe. E cada vez com mais certezas do que quero, do que sinto. Mesmo quando erro. Principalmente quando erro. Porque é esse erro que me faz querer voltar ao caminho. A este caminho. Ao tão almejado caminho.
E depois de tudo isso, quero mostrar esse caminho a quem o queira receber. Da mesma forma como aconteceu comigo. Porque só aconteceu porque eu já o queria. Porque já existia no meu coração, na minha alma, na minha essência, no meu ser.
Quero que este caminho se torne pessoal. Quero que este caminho interfira no meu caminho profissional. E quero que este caminho se difunda em tantos outros caminhos.
Para quem sente que tem de se reencontrar com os seus filhos, mostro-vos como o podem fazer. Hoje partilho aqui o primeiro passo a tomar. Foi como fiz. Foi o que fiz.
Refleti sobre as minhas intenções. Que mãe queria ser. De que forma gostava que as minhas filhas me recordassem quando fossem adultas. Escrevi as minhas intenções. E desde então sou fiel às minhas intenções.
Sempre que me sinto descarrilar, volto às minhas intenções. Olho para elas. Já as reformulei também. Melhorei-as. E estou alinhada com elas. Sinto-me cada vez mais alinhada com elas.
E tu? Já definiste as tuas intenções? Já deste esse primeiro passo. É mesmo por onde podes começar, se sentes que queres mudar a tua relação com os teus filhos.
Eis as minhas intenções, as minhas mais profundas intenções, que estão alinhadas com os meus valores, as minhas crenças, os meus desejos, a minha forma de ser e estar. Estas são as minhas, e servem apenas de exemplo para ti.
Cria as tuas, à tua imagem, à imagem da tua família. Escreve-as e orienta-te por elas. Quando o fizeres, já estás a dar um passo a caminho de uma nova forma de Educar. Uma educação com mais Consciência, uma educação alinhada com uma Parentalidade mais Consciente.
Eis as minhas intenções:
Vou fomentar a Conexão com as minhas filhas através da prática do Igual Valor, procurando nunca me esquecer que também elas têm opiniões, vontades, necessidades e desejos, tão válidos quanto os meus.
Vou ser uma mãe Mindful e vou iniciar as minhas filhas nesta prática também.
Vou ser uma mãe Detetive e vou estar sempre a observar o que está para lá do comportamento que exibem.
Vou ser uma mãe Questionadora e vou estar sempre a interrogar-me de que outra forma posso ser e/ou agir.
Vou ser uma mãe Curiosa e vou olhar para as minhas filhas sem julgamento.
Vou ser uma mãe Comunicadora e vou aconchegar as minhas filhas com uma comunicação eficaz.
Vou ser uma mãe Ouvinte e vou deixá-las falar.
Vou ser uma mãe Presente e vou estar na minha Parentalidade sem pressa.
Vou ser uma mãe Livre e vou respeitar os meus limites e os meus desejos.
For Love, With Love.
IVM
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